quinta-feira, 29 de abril de 2010

Acordar Antes do Despertar


Hoje trago mais uma animação realizada por mim, quem é que nunca ficou aborrecido, por acordar, dois ou três minutos, antes do despertador tocar certamente, que por vezes a ideia de ficar mais um minuto ou dois nesta situação.

Curta:


Ficha técnica:

Titulo Original: Acordar Antes do Despertar
Realizador: Rui Fernandes
Ano: 2010
Duração: 1,41 min.
Género: Animação
País: Portugal
Cor: Cores

Sinopse:

Quem é que nunca ficou aborrecido, por acordar, dois ou três minutos, antes do despertador tocar certamente, que por vezes a ideia de ficar mais um minuto ou dois nesta situação.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Amalia - O Filme


"Amália" é um produto algo desequilibrado que vê o cerne da sua qualidade em uma excelente interpretação. No entanto, pode ser considerado um filme português acima da média que merece ser visto por todos.

Trailer:


Ficha técnica:

Titulo Original: Amália - O Filme
Realizador: Carlos Coelho da Silva
Ano: 2008
Duração: 127 min.
Género: Biográfico
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Cores

Elenco:

Sandra Barata (Amália)
Ana Padrão (Mãe de Amália)
Ricardo Carriço (César Seabra)
João Didelet (Ary dos Santos)
Ricardo Pereira (Eduardo Ricciardi)
Susana Mendes (Filipina)
Pedro Pinheiro (Sr. Alfredo)
José Fidalgo (Francisco da Cruz)

Sinopse:

"Amália" é uma história de amores e de glória, uma história dramática e de exaltação. Começa em Nova Iorque, 1984: Amália vai matar-se. A obsessão pela morte vem da adolescência, ela está doente, pensa que é agora. Abre as portas da varanda da sua suite, sobe um degrau do parapeito e olha para o abismo. E é nesse momento, debruçada sobre o abismo, que Amália revê uma vida de génio artístico, de sucesso planetário, mas também de frieza familiar, de desilusões amorosas, em que avulta uma paixão impossível, a relação controversa com a extrema melancolia do fado, que não ama por se aproximar demasiado das sombras da sua vida mas que faz vibrar como ninguém, dando ao filme os seus momentos mais espectaculares. De 1954 a 1984, são trinta anos em busca de um equilíbrio que escapa, de um amor que lhe foge, ao contrário do sucesso artístico, que a vai projectando como uma vedeta mundial. É esse o núcleo de "Amália", um filme onde se revelarão algumas das histórias secretas da fadista, ao mesmo tempo que se reconstituem os mais memoráveis momentos da sua carreira artística. Viver não lhe chegava. Cantando, chegou a todos.

domingo, 25 de abril de 2010

Grândola Vila Morena - Zeca Afonso


Em 1971, edita Cantigas do Maio, no qual surge "Grândola, Vila Morena", que será mais tarde imortalizada como um dos símbolos da revolução de Abril. Foi a canção deste disco "Grândola, Vila Morena", uma canção proibida pelo Estado Novo, que tocou na Rádio Renascença, na madrugada de 25 de Abril de 1974 como segundo sinal nacional, para dizer aos revolucionários que as manobras revolucionárias podiam prosseguir em segurança.




Letra:

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Capitães de Abril


"Capitães de Abril" não foi só o projecto mais arrojado da carreira da actriz Maria de Medeiros, na sua qualidade de realizadora, como foi igualmente uma das mais impressionantes produções do cinema português. Partindo das memórias do capitão Salgueiro Maia, Maria recria com sensibilidade e emotividade o dia que mudou um país.

Trailer:



Mais uma vez deixo-vos a primeira parte de todo o filme disponível no youtube



Ficha técnica:

Titulo Original: Capitães de Abril
Realizador: Maria de Medeiros
Ano: 2000
Duração: 124 min.
Género: Drama, Histórico
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Cores

Elenco:

Stefano Accorsi ... Maia
Maria de Medeiros ... Antónia
Joaquim de Almeida ... Gervásio
Frédéric Pierrot ... Manuel
Fele Martínez ... Lobão
Manuel João Vieira ... Fonseca
Marcantonio Del Carlo ... Silva
Emmanuel Salinger ... Botelho
Rita Durão ... Rosa
Manuel Manquiña ... Gabriel
Duarte Guimarães ... Daniel
Manuel Lobão ... Fernandes
Luís Miguel Cintra ... Pais
Joaquim Leitão ... Filipe
Canto e Castro ... Salieri

Sinopse:

"HÁ MOMENTOS EM QUE A ÚNICA SOLUÇÃO É DESOBEDECER."

Em Portugal, na noite de 24 para 25 de Abril, uma canção desencadeia um golpe de Estado militar que irá mudar a face do país e o destinos dos Territórios que então dominada em África.
Ao som do poeta Zeca Afonso, as tropas revoltosas tomam os quartéis. A Revolução Portuguesa distingue-se pelo carácter aventuroso, tanto como pacífico e lírico.

O Ovo ou a Galinha

Esta é uma animação criada por mim, baseada na ideia de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, neste caso "A Galinha ou o Ovo", esta animação foi totalmente criada por mim, com excepção da musica.

Curta:



Ficha técnica:

Titulo Original: A Galinha ou o Ovo
Realizador: Rui Fernandes
Ano: 2010
Duração: 1,35 min.
Género: Animação
País: Portugal
Cor: Cores

Sinopse:

Quem nunca se perguntou, "quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?", pois tudo começou, na união dos atomos e do nascimento do Peixe Galinha, até que a evolução das espécies se encarregou do resto.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Uma Aventura na Casa Assombrada


Uma Aventura na Casa Assombrada é um projecto de grande emoção e espectacularidade, entre falésias escarpadas para o mar, florestas densas que parecem ganhar vida e um segredo perdido nos confins do México do século XVI, rumo a uma casa que esconde tesouros, fantasmas e estranhos desaparecimentos.

Trailer:




Ficha técnica:

Titulo Original: Uma Aventura na Casa Assombrada
Realizador:
Carlos Coelho da Silva
Ano:
2009
Duração:
80 min.
Género:
Aventura
País:
Portugal
Áudio:
Português
Cor:
Cores


Elenco:

Sara Salgado ... Filipa
Francisco Areosa ... Chico
Margarida Martinho ... Luísa
Mariana Martinho ... Teresa
César Brito ... João
Luís Lopes ... Pedro
Sandra Barata Belo ... Bárbara
Sofia Grilo ... Ester
Ricardo Carriço ... Bartolomeu
Ana Padrão ... Leonor
Ricardo Pereira

Leonor Seixas ... Laura

Sinopse:

Na casa assombrada esconde-se o segredo do "Espírito do Mundo", um diamante vermelho de 95 quilates, único no planeta e com poderes mágicos, protegido pelos fantasmas de uma civilização desaparecida há 500 anos. Uma casa, um tesouro, um mistério, mil fantasmas e um grupo de seis jovens destemidos, dispostos a tudo para ajudar uma jovem princesa amaldiçoada...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os Azeitonas - Quem és tu


"Nós somos os Azeitonas. Reivindicamos para nós próprios o estatuto de fiéis depositários de um Nacional-Cançonetismo perdido algures nas brumas do tempo, pelo direito alienánel à pretensão que assiste qualquer artista que se preze. Fazemos do "formato-canção" a tocha que nos alumia pelos trilhos perdidos da Música Ligeira Portuguesa, e usamos versos de amor como arma de arremesso e insurreição."





Letra

Quando passas a minha rua
Como um anjo que flutua
Os teus pés, nunca pisam o chão

E a cada passo teu
Sem saber, eu troco o meu
Como se pisasses o meu coração

E até as flores do jardim
Mudam de cor, ao ver-te assim
Eu já não posso mais conter
Esta ansiedade de te ver

Quem és tu...
Quem és tu...miúuuuda
Nesse sobresalto, desse salto alto
Quem és tu...miúuuuda
Que me atormentas, em camara lenta
Quem és tu...miúuuuda
Miuda quem és...

Há certos momentos em que eu acho
Que não passas de um golpe baixo
Fantasia, de um pobre coração
Cá vou eu de sentinela
Por-me a espreita, na janela
Nem sequer, sei se existes ou não
E até os velhos do jardim, mudam de tom ao ver-te assim

Eu já não posso mais conter
Esta ansiedade de te ver

Quem és tu...miúuuuda
Quem és tu...miúuuuda
Nesse sobresalto, desse salto alto
Quem és tu...miúuuuda
Que me atormentas, em camara lenta
Quem és tu...miúuuuda ( uuu, miuuda, uuuu aaaaaa,
Uuuu aaaa )
Quem és tu...miúuuuda
Miuda quem és...miúuuuda
Miuda quem és tu...miúuuuda
Miuda quem és...miúuuuuda
Miuda, quem és tu...miúuuuda
Miuda, miúuuuda...miúuuuda

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Aquele Querido Mês de Agosto


Uma mistura de ficcão e documentário sobre as festividades de Portugal e os relacionamentos em uma família de músicos.

Trailer:



Ficha técnica:

Titulo Original: Aquele Querido Mês de Agosto
Realizador:
Miguel Gomes
Ano:
2009
Duração:
145 min.
Género:
Documentário, Ficção, Romance
País:
Portugal
Áudio:
Português
Cor:
Cores

Elenco:

Sónia Bandeira (Tânia)
Fábio Oliveira (Hélder)
Joaquim Carvalho (Domingos)
Andreia Santos (Lena)
Armando Nunes (Gomes)
Manuel Soares (Celestino)
Emmanuelle Fèvre (Fátima)
Diogo Encarnação (Eric)
Bruno Lourenço (Baixista)
Maria Albarran (Rosa Maria)
Nuno Mata (Médico)

Sinopse:

No coração de Portugal, serrano, o mês de Agosto multiplica os populares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke, atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos. Se o realizador e a equipa do filme tivessem ido directamente ao assunto, resistindo aos bailaricos, reduzir-se-ia a sinopse: «Aquele Querido Mês de Agosto acompanha as relações sentimentais entre pai, filha e o primo desta, músicos numa banda de baile». Amor e música, portanto.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aldeia da Roupa Branca


Sente-se através do filme, Chianca de Garcia, sempre irónico, observador, atento ao mais pequeno pormenor da vida que o rodeia. Toda a beleza e o pitoresco do ambiente saloio agitam, enchem de contraste e alegria castiça o filme inteiro.

Trailer:

Não é bem um trailer.


Entrevista com Joaquim Manique



Ficha técnica:

Titulo Original: Aldeia da Roupa Branca
Realizador:
Chianca de Garcia
Ano:
1938
Duração:
89 min.
Género:
Comédia
País:
Portugal
Áudio:
Português
Cor:
Preto e Branco


Elenco:

Beatriz Costa ... Gracinda
Manuel Santos Carvalho ... Tio Jacinto
José Amaro ... Chico
Óscar de Lemos ... Luís
Elvira Velez ... Quitéria
Armando Machado ... Zé da Iria
Octávio de Matos ... Simão
Jorge Gentil ... Chitas
Mário Santos ... Borges
María Salomé

Aida Ultz

Aurora Celeste

Sofía Santos

João Silva

Joaquim Manique



Sinopse:

A HISTÓRIA DE UMA LAVADEIRA

Gracinda, jovem lavadeira, vive com o padrinho, o Tio Jacinto, e juntos têm um negócio familiar, que trata de lavar a roupa dos habitantes de Lisboa, na aldeia onde moram, nos arredores de Lisboa. Infelizmente, a vida não lhes tem corrido bem. Mas tudo muda de figura quando a rapariga decide ir à cidade tentar convencer Chico, o filho do Tio Jacinto por quem Gracinda se apaixonou, a voltar à terra para recuperar o negócio. Na mesma altura, preparam-se as festas populares da aldeia, ocasião propícia às disputas entre o Tio Jacinto e a sua eterna rival, a viúva Quitéria, em que ambos tentam trazer a melhor banda para animar a festa.

sábado, 17 de abril de 2010

O Pai Tirano

“O Pai Tirano” é um filme originário de Portugal, tendo sido estreado a 19 de Setembro de 1941, em Lisboa. O filme retrata a tempestuosa paixão de um jovem amador dramático, caixeiro nos Grandes Armazéns Grandela, por uma simpática empregada da Perfumaria da Moda.

Trailer:

Trailer não encontrei, mas o vídeo encontrasse disponível na sua totalidade no youtube, vou colocar aqui o primeiro vídeo, os outros depois é fácil de encontrar.




Ficha técnica:

Titulo Original: O Pai Tirano
Realizador:
António Lopes Ribeiro
Ano:
1941

Duração:
114 min.

Género:
Comédia

País:
Portugal

Áudio:
Português

Cor:
Preto e Branco




Elenco:


Vasco Santana (José Santana)
Francisco Ribeiro– Ribeirinho (Francisco Mega)
Leonor Maia (Tatão)
Graça Maria (Gracinha)
Teresa Gomes (Teresa)
Luísa Durão (D. Cândida)
Laura Alves (Laurinha)
Nelly Esteves (Júlia)
Idalina de Oliveira (Idalina)
Arthur Duarte (Artur de Castro)

Sinopse:


A tempestuosa paixão de um jovem amador dramático, Francisco Mega (Ribeirinho), caixeiro dos Grandes Armazens Grandela, por uma simpática empregada da Perfumaria da Moda, Tatão (Leonor Maia), cinéfila incondicional assediada por Artur de Castro (Arthur Duarte), um cínico sedutor.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Valete - Anti-Herói


Em 1997 iniciou a sua actividade musical e com Adamastor formou o Canal 115 e mais tarde a Horizontal Records. Nesse mesmo ano e ainda com 16 anos começou a ser convidado para as mix-tapes lançadas por Djs como Bomberjack e Cruzfader. Actuou com Canal 115 durante 2 anos em vários concertos pelo país, até que fez um interregno para se dedicar mais aos estudos, tendo-se mais tarde licenciado em Ciências da Comunicação. Em 2002 regressou com o álbum "Educação Visual", lançado de forma independente para poder gerir e conduzir o álbum à sua maneira, rejeitando assim a submissão à vontade das editoras que com ele se manifestaram interessadas em colaborar. Valete, que antes deste álbum era mais conhecido como um freestyle e battle mc, pôde mostrar em "Educação Visual" uma linha de rap de cariz social que muitos não lhe reconheciam. O rap de Valete manifesta-se essencialmente contra as correntes neo-liberais, mostrando um claro cariz político de extrema-esquerda. Na música Anti-Herói define-se como um "Trotskista belicista" (faixa do album "Serviço Público").



Letra:

Los que le cierran el camino a la revolución pacífica,
le abren al mismo tiempo el camino a la revolución violenta


Só se pode fazer isto uma vez

Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e Prepetela
Alimentado por parágrafos de Nélson Mandela
Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo
Este é o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso

Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim
E podes ver na minha cara a raiva de Lenine
Eu choro este sangue que devora o espírito
E choca os mais sensíveis, e torna-me um monstro como Estaline

Valete aka Ciclone Underground, nigga
O filho bastardo da vossa opressão, nigga
Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga
Sou como Malcom-x com o microfone na mão (tshk hun)

Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista
E levo mais comigo para a rebelião
Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução
Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção

Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat
E os nossos homens de combate através desta canção
Pai, eu tatuei no meu peito a tua imagem
Para respirar através dela a tua batalha e a tua coragem

Hoje eu trago nos meus braços a tua alma e a tua mensagem
E as escumalhas não sabem que jamais irão levar vantagem
Nós vestimos a farda de Xanana
E levamos drama do terceiro mundo à casa branca

Chillamos com a mesma gana de tropas em Havana
E com a resistência suburbana dessa convicção cubana
Toma esta ira psicopata deste filho de Zapata
Activismo de vanguarda é o registo de som

Eu trago a obstinação com que Luther King abalou
E a mesma solução todo o meu people sonhou
Eu sou aquele mundo novo que Amália cantou
Esboço desse sofrimento todo meu povo guardou

(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará

Enquanto eu me enveneno com este rancor
Vou pondo balas no carregador para abater esses opressores
Esta é a missão dos peronistas, concebi na hora
Com a determinação que herdei da minha progenitora

Ninguém pára a frente armada que eu comando agora
Combate a escória na alvorada como fez Samora
Eu trago nesta oratória a história dos filhos que viram a morte inglória dos pais
Enquanto anseiam a desforra

Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola
No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia
Esse é o grito desse mundo que chora e implora
Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não acorda

Vítimas de quem fez de todo o mundo seu património
A hipocrisia assassina do FMI e da ONU
É o povo anónimo cobaia de liberalismo económico
Que sai das amarras eufórico para combater o demónio

Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista
Quando eu disse que era um trotskista belicista
Posicionei-me assim contra a América imperialista
Aqui está o vosso kamikaze terrorista

Farto de vos ver sentados, manipulados
Por uma televisão que vos deixa impávidos e formatados
Asnáticos inconformados, fechados e enganados
Otarios e atrasados, inválidos e atordoados

Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de gente angustiada
Traumatizada por um passado onde foram pisadas, martirizadas
Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropriadas
Despidas por uma brigada

[Desarmada de parasitas devastaram arrasaram vidas
E agora vão pagar com a descarga desta entifada
Criada pelos homens que vocês fagelaram.
E sobraram com garra para vingar aqueles que não vingaram

(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará

A Canção de Lisboa


Foi um filme que, na época, obteve grande sucesso e êxito do público, não apenas em Portugal mas também nos então territórios de Ultramar e Brasil. Esse êxito deveu-se em parte ao carácter tipicamente português das personagens e das situações que permitia a total identificação dos espectadores com o filme.
Para além dos actores, outros grandes nomes da arte portuguesa marcaram a produção deste filme, por exemplo, os cartazes: Nada menos que três foram concebidos por Almada Negreiros. Outra participação enaltecedora deste magnífico filme foi a de Manoel de Oliveira então no começo da sua carreira cinematográfica como realizador, aparece neste filme como actor, interpretando Carlos, o melhor amigo do actor principal Vasco Santana.

Trailer:
Não encontrei trailer, mas encontrei dois pequenos excertos, e deixo também o link para o primeiro vídeo do filme, os restantes, serão fáceis de encontrar.

A cena em que Vasco Santana leva com a janela..


Vasco Santana canta o Fado do Estudante


Vídeo 1

Ficha técnica:

Titulo Original: A Canção de Lisboa
Realizador: José Cottinelli Telmo
Ano: 1933
Duração:85 min.
Género: Comédia
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Preto e Branco

Elenco:

BEATRIZ COSTA - Alice
VASCO SANTANA - Vasco
ANTÓNIO SILVA - Pai de Alice
TERESA GOMES - Tia de Vasco
SOFIA SANTOS - Tia de Vasco
MANOEL DE OLIVEIRA - Carlos

Sinopse:

Vasco Leitão (Vasco Santana), vive da mesada das tias, que vivem em Trás-os-Montes, que nunca vieram à capital, e o consideram um aluno cumpridor. Ora, o Vasco prefere os retiros e os arraiais, as cantigas populares e as mulheres bonitas, em particular Alice (Beatriz Costa), uma costureira do Bairro dos Castelinhos, o que não agrada ao pai, o alfaiate Caetano (António Silva), sabendo-o crivado de dívidas...

Os azares de Vasco sucedem-se: no mesmo dia em que é reprovado no exame final de curso, recebe uma carta em que as tias lhe anunciam uma visita a Lisboa!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A severa - 1º Filme Sonoro


E que belíssima estreia teve o cinema português no capítulo do sonoro! Recentemente restaurado pela Cinemateca Portuguesa, o primeiro fonofilme português é provavelmente um dos seus melhores.
No entanto e apesar do êxito destes filmes, a grande expectativa na altura era a realização de um filme genuinamente português, o que se veio a concretizar com o 1º Filme Sonoro realmente Português, "A Severa". Para primeira fita falada, o fado não podia estar ausente, por isso Leitão de Barros decide transpor para a tela o célebre romance de Júlio Dantas sobre os amores de uma cigana, a severa, por um fidalgo, o conde de Marialva. Como na altura ainda não tínhamos um estúdio de cinema preparado para o sonoro, a sonorização teve que ser feita nos estúdios da Tobis em França, nos arredores de Paris.

Ficha Técnica:

Titulo Original: A Severa

Realizador: Leitão de Barros
Ano: 1931
Duração:110 min.
Género: Drama
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Preto e Branco

Sinopse:


História passada no século dezanove que narra as aventuras dum jovem cavaleiro, D. João, Conde de Marialva, dividido pelo amor da mítica e insinuante cigana Severa - a quem a lenda consagrou como fadista desditosa - e uma fidalga. Enredo ambientado nas lezírias e nas touradas.

sábado, 10 de abril de 2010

A Suspeita


Sinopse:

Um compartimento de comboio, quatro pessoas, um revisor, um canivete de Barcelos e um potencial assassino.

Chegarão todos ao fim da viagem?

Curta:

Parte 1



Parte 2



Parte 3



Ficha técnica:

Titulo Original: A Suspeita

Realizador: José Miguel Ribeiro
Ano: 1999
Duração:25 min.
Género: Curta-Metragem, Animação
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Cores
Técnica de Animação: Volumes

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Adeus Pai


Sinopse:

Não é só para Filipe (José Afonso Pimentel) - que, aos 13 anos, consegue realizar o sonho de conhecer melhor o pai, Manuel (João Lagarto), numa fantástica viagem aos Açores. É também para a dona da pensão, às voltas com o retrato do pai, de quem não se lembra, omnipresente na parede da sala; e para os novos amigos do adolescente, que vão cruzar o oceano em busca do progenitor. Cada personagem de "Adeus, Pai" tem o seu próprio pai por resolver. E Filipe nem sequer é dos que se safam pior.
A surpresa de ver o pai chegar-lhe à cama, dizendo que vão de férias juntos - pela primeira vez na vida; a primeira desilusão quando, à chegada, o pai compra um monte de jornais; as confissões e intimidades; as
brincadeiras e disparates de ambos no cenário onírico dos Açores.
Mas se tudo isto é um sonho tornado realidade para o rapaz de Lisboa, às vezes a realidade prega-nos partidas que se evitam sonhando.

Trailer:



Ficha técnica:

Titulo Original: Adeus Pai
Realizador: Luis Filipe Rocha
Ano: 1996
Duração:85 min.
Género: Drama
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Cores

Elenco:
José Afonso Pimentel... Filipe
João Lagarto... Manuel
Laura Soveral... Dona Paula
Natália Luísa... mãe
Lourdes Norberto... avó
José Fanha... Rodinhas
Adriana Aboim... Joana
João Aboim... Pedro
Daniel Martinho... taxista
Carlos Rodrigues... Bum
Rosário Moreira... empregada
Luka Ribeiro... turista americana

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Odete


Odete é muito bem realizado, planificado e muito bem interpretado, mas Pedro Rodrigues cai numa experimentalidade quase surrealista. Rodrigues transpôs para o filme um imaginário forte, que provocará repúdio a muitos, e fascinará quem se revir na sua capacidade de afirmação da atracção pelo abjecto e pela crueza das relações.

Trailer:



Ficha técnica:

Titulo Original: Odete
Realizador: João Pedro Rodrigues
Ano: 2005
Duração: 101 min.
Género: Drama
País: Portugal
Áudio: Português
Cor: Cores

Elenco:

Ana Cristina de Oliveira (Odete)
Nuno Gil (Rui)
João Carreira (Pedro)
Teresa Madruga (Teresa)
Carloto Cotta (Alberto)

Sinopse:
Pedro e Rui namoram há um ano. Uma noite, Pedro tem um acidente de viação e acaba por morrer nos braços de Rui. Noutra parte da cidade, Odete trabalha num hipermercado. Sonha ter um filho de Alberto, segurança do hipermercado, mas quando insiste em engravidar Alberto foge. Odete mal conhecia Pedro, um vizinho do andar de cima, mas a tristeza do abandono de Alberto fá-la chorar a sua morte. O fantasma de Pedro chama-a...